30 Nov
30Nov

Dia 29/11 é uma data que fica marcado para todos os amantes de esportes. Se você, caro leitor, não é amante de modalidades esportivas, fique tranquilo, você também vai se identificar. O dia 29/11/2021 marca cinco anos do acidente aéreo que tirou de nós, pais, filhos e ídolos. A data marca os cinco anos da queda do avião da Chapecoense que seguia rumo a Medelín, na Colômbia.

Apesar de se passarem cinco anos, ainda é cedo pra dizer adeus. Talvez, nunca seja o momento certo. Despedidas são sempre muito dolorosas, seja ela de ídolos musicais como Marilia Mendonça, Cazuza ou o "seu" Zé, dono do bar da esquina, a ausência sempre mexe com a gente.

Talvez essas ausências tenham um motivo. Talvez nos ensine algo, mas o que?! É aquele maldito dito popular: “só damos valor quando perdemos", mas, precisamos, de fato, perder desta forma?! Talvez o problema de tudo isso seja eu, que não sei lidar com a perda, talvez...

Os “talvezes” (desculpem a palavra nova) da vida são coisas que me deixam preocupado. Se soubéssemos a hora que iríamos perder algo ou alguém, poderíamos valorizar mais os momentos. Quantas vezes não perdemos amigos, colegas e namoradas, mas nos apegamos aos bons momentos?! E olha que eu nem estou escrevendo neste caso sobre morte, refiro-me ao afastamento... Quem sabe essas perdas eternas não sejam para nos ensinar? Ensinar a valorizar os momentos, a reconhecer as perdas e a tentar muda-las...

As vezes me pego pensando: se tivesse o “Vira-Tempo” da Hermione (da saga Harry Potter) mudaria tanta coisa, salvaria tantas pessoas. Talvez (olha o talvez aí de novo) tivesse feito o Neto tomar aquele gol no último minuto; a Marília perder a voz e cancelar os shows dias antes da queda. Talvez... Ah essas incertezas da vida... Talvez, "três voltas no Vira-Tempo fosse o suficiente, e mais de uma vida fosse poupada"... Talvez sejam elas que fazem com que a vida seja algo “perfeito.”





Por Christian Maia  |  PUC Minas

29.nov.2021

Foto: Reprodução/AFP

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