Frio
O frio chegou, o senti no vento nordeste a soprar o dia todo em minha cidade.
Aqui é assim, depois que o outono começa se o vento nordeste soprar é frio que vem.
O frio pede um bom agasalho, pede um chá quente.
O frio combina com um bom vinho ou o café quente com biscoito de polvilho.
O frio combina com cobertor, de lã ou de orelha, um abrigo, uma lareira.
O frio chegou e agasalhei-me, entristeci-me, pois, nesses tempos difíceis temos tantos irmãos e irmãs que não tem um bom agasalho, um teto, uma sopa quente pra se aquecer em noites frias, consequência do enriquecimento de uns poucos onde muitos são empobrecidos e deixados ao relento, à própria sorte.
O frio chegou e quero que não se esfrie a minha esperança em dias melhores.
O frio vai aumentar e quero poder aquecer o meu coração com o melhor que tenho: as minha lembranças, minha família, meus sonhos.
Que nas noites frias possamos ter um abrigo, um agasalho e um teto.
Que nas correrias do dia a dia tenhamos consciência de olhar no guarda roupas e doar aquilo que nos sobra, pois, pode fazer falta nas noite de alguém por perto.
O frio chegou e quero me agasalhar.
Quero também agasalhar de roupas ou de carinho, de atitudes e de consciência os que estão por perto.
É assim que se muda o mundo: pensando globalmente e agindo localmente.
Por Mínison Domingos | Matipó-MG.
23 de abril de 2022
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