01 Jun
01Jun

Um gramado verde sob o céu azul da Califórnia; o juiz dá o sinal no seu apito. Ela é única. Especial em suas meias de tons fortes de roxo que se igualam com seus lábios tímidos. O suor descia em seu rosto, a adrenalina faz seu coração tremer todo o gramado para dar aquela cartada final. E, foi como eu me apaixonei. O toque da chuteira na bola balanceou no toque de suas mãos em minha pele. Foi a mesma adrenalina, a mesma tensão. O mesmo suor. Um amor tímido, mas profundo. Um amor titular. 

Titular absoluta. Nunca foi reserva, nem no Orlando City, nem no amor. Ninguém comandava o meio de campo como ela. Parecia vestir a Camisa 10 há muito tempo. Não só a 10 em campo, mas também a 10 em meu coração, comandando cada batida como quem ditasse o ritmo da partida e o ritmo das batidas do meu coração. Cadenciava e acelerava como queria, era magnífico, deslumbrante, de extrema elegância. O amor da minha vida é a Titular 10. 

O amor da minha vida tornou-se apenas o Orlando City. Seu mascote, o leão, representa a sua força, garra e amor no gramado. Foi onde demos o nosso primeiro beijo após uma grande vitória de virada. Impedimento? Entre nós nunca houve. Entre a aceitação do público e de quem assistia, as reações foram muitas. Mas o que vivemos é amor. Verdadeiro. Humano. Sincero. Puro. Até o VAR pode comprovar isso, caso seja necessário. O primeiro amor a gente nunca esquece; ela e o Orlando City estão em meu coração. Minha vida. Minha história. Mesmo diante de seu preconceito.



Texto apresentado no curso de Jornalismo. 

Disciplina: Comunicação e Literatura, com a professora Maura Eustáquia. PUC Minas - Belo Horizonte

Christian Maia

Dione Afonso

Filipe Ferreira

Foto: Imagem de (@planet_fox) via Pixabay.

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