01 Dec
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“Entre quatro paredes vale tudo!” Quantos de nós já não ouvimos essa frase?! Mas o que fazer quando este amor foge ao controle e causa danos irreparáveis? Veja bem, não estou falando de paixão ou amor entre pessoas, me refiro a amores por instituições ou por uma ideia. 

Recentemente tivemos uma certa “torcida organizada”, loucos de amor, atacando um coletivo com o objetivo exclusivo de atingir a torcida rival. O motivo? O time rival está próximo de conquistar um título nacional. O resultado? Homicídio. Uma pessoa do coletivo acabou perdendo a vida. E aí, pergunto-lhe: amor? Amor pela ideia? Pela instituição? Pelo time? Por amor, mesmo?!

O amor vale muito, é bonito e, por vezes, vale a pena lutar por ele, mas tudo isso no sentido figurado. A partir do momento em que se coloca a vida ou bem estar de outrem em risco, isso deixa de ser amor e passa a se tornar outra coisa maior, pior e incapaz de amar. Pois o amor é uma relação estabelecida por outrem, e essa relação promove cuidado e proteção. O contrário é o ódio, que não cuida e nem protege. Sinto lhe informar que onde há ódio nunca ouve amor.

Como diz a música: “amar é deixar ir…” é deixar livre. É demonstrar. Qualquer coisa que fuja disto é fuga do que é amar e, talvez, deixar ir  e demonstrar respeito seja a mais bela declaração de amor, seja por um time ou pessoa.



Por Christian Maia  |  PUC Minas

01.dez.2021

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