13 Apr
13Apr

Depois de muitas especulações, pedidos e sonhos dos potterheads – aquele que se diz fã da saga Harry Potter – a Warner Bros Discovery, ao anunciar seu novo serviço de streaming que de HBO Max, passará a se chamar simplesmente “MAX”, a plataforma anuncia que a série do universo do bruxinho mais famoso do mundo foi aprovada. Programada para acontecer em uma década, os 10 anos adaptarão os sete livros da saga, inicialmente cada temporada corresponderá a um livro. Sua criadora e autora, J. K. Rowling é anunciada como produtora executiva e em pronunciamento, Rowling afirma que é missão dela manter a integridade da história narrada naquelas páginas. 

Não há nenhuma outra novidade, desde então. O teaser que foi lançado para anunciar a chegada da série, em 24 horas atingiu quase 20 milhões de visualizações no Instagram e 10 no tik tok somando, também, 1 milhão de curtidas. Sem anúncio de um showrunner, roteiristas, produtores, diretores, há uma previsão – sem confirmação oficial – de que a primeira temporada chega entre 2025 e 2026. O britânico Daivid Heyman está em negociações para entrar no projeto, já que ele foi o produtor responsável pelos oito filmes da saga original.


Das telonas para uma série limitada para TV 

Antes de qualquer hype, sonho, ou desejo profundo do que se quer ver nas telinhas, é importante mencionarmos que uma série de TV, sobretudo quando ela tem por trás um peso imenso que são os filmes de Harry Potter – neste caso – não tem a missão de apresentar, ou filmar ou reparar aquilo que não foi visto na adaptação anterior. O próprio nome já diz: reboot, quer dizer, vamos recontar a história de forma nova. Um reboot é a produção que renova uma história que já foi adaptada antes. Neste caso, consideramos que ainda é muito cedo para lançarmos um reboot de Harry Potter pois nosso público ainda está emocionalmente muito ligado ao produto original que são os oito filmes. 

Ainda é cedo para o reboot! Harry Potter é uma saga incrível, cheia de sentido, significados e milhões de histórias. Ela é um produto ideal para seus spin-offs, sequências, prequels..., nesses trabalhos é que temos o espaço aberto para explorar o que a saga original não explorou, mas, não o reboot. Uma vez anunciado, queremos o melhor trabalho para as telas. Investimento de milhões e um corpo de atores tão bom quanto o que os filmes nos apresentaram. A principal preocupação agora do estúdio é formar sua equipe de roteiristas e o casting para a seleção de seus atores. Depois, deverá sair os nomes dos produtores e diretores. 


J. K. Rowling e a difícil tarefa de produtora 

É inegável mencionarmos aqui – e isso não é motivos para construírem uma legião de cancelamentos ou de discursos de ódio – que a criadora Rowling já provou a nós que não é uma boa produtora e que não sabe dirigir um trabalho para o audiovisual. Infelizmente sua presença, participação e ação nos trabalhos pós Harry Potter não tiveram uma boa aceitação e boa parte disso se dá ao seu trabalho como produtora executiva (e roteirista também). Agora, surge uma grande preocupação que é o fato de seu nome ser o primeiro anunciado para a equipe que irá produzir a série. Outra preocupação é trazer nomes já consagrados e que conhecem a história como a palma da mão: David Heyman é um nome fantástico na indústria cinematográfica e ter seu nome entre os especulados gera em nós um misto de alegria e preocupação; alegria porque ele já conhece o universo potterhead, preocupação pois, por conhecer demais corremos o risco de ver mais do mesmo. 

A imagem de Rowling também não está muito positiva socialmente, desde que publicou sua carta aberta – em junho de 2020 –, texto este que confirmou sua transfobia contra mulheres trans. A própria Rowling se afastou das redes sociais por conta dos ataques e discursos de ódio que foram direcionados a ela, isso sem contar os e-mails ameaçadores e cartas em sua caixa de correios. Sua visão é problemática. Mas, como detentora do produto Harry Potter, nada acontece sem seu consentimento e sua assinatura. Esperamos que a nova série de Harry Potter não venha “corrigir” o que os filmes não fizeram. Repetimos que achamos difícil eles não influenciarem a série, por conta do pouco espaço de tempo que separa os dois produtos, contudo, potencial para fazer Harry Potter ainda mais famoso, a história possui.





Por Dione Afonso  |  Jornalista

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