26 Jan
26Jan

Saudações ao bruxo mais bonito, talentoso e corajoso que já existiu. Bem como o único eleito cinco vezes vencedor do Prêmio Sorriso Mais Encantador pela Witch Weekly. 

[WIZARDING WORLD]     



Quantas e quantas vezes, teorias e conspirações os fãs já levantaram a respeito da lealdade do Chapéu Seletor, não é mesmo? A figura de Lockhart, por exemplo, é uma das mais duvidosas. Um bruxo selecionado para a Casa da Corvinal que é famosa justamente por sua inteligência e sabedoria. Como, um bruxo como Gilderoy foi cair nas mãos dos herdeiros de Rowena Ravenclaw? 

Calma, calma, não é bem por aí o caminho. Gilderoy Lockhart era um trapaceiro, isso já sabemos, mas isso não tira dele o mérito de sua inteligência. Muitos o elogiam por sua capacidade de executar feitiços, dizem até que sempre manuseou com certa perspicácia a sua varinha. Lockhart, no entanto, é aquele bruxo que viu nos flashes de uma máquina fotográfica um futuro ornado de sucessos e fama. E foi por aí que ele caminhou. Nós nunca duvidamos da inteligência de Gilderoy Lockhart, ele fez o que poucos fizeram: contar histórias capazes de convencer uma massa de fãs.

O que acontece é que nem todo o conhecimento e sabedoria estão a serviço de outrem. Para Lockhart, sua inteligência servia exclusiva e unicamente a ele mesmo. Tanto é que ser um Professor numa Escola de Magia e Bruxaria nunca esteve em seus planos e ele próprio nunca foi projetado para tal. Ademais, o próprio Dumbledore o acolheu no cargo de Professor de Defesa Contra As Artes das Trevas, justamente por conhecer sua fama – mesmo que mentirosa – em lidar com monstros e magia negra em seus livros de tanto sucesso e renome, e acreditava que um ambiente normal poderia revelar suas fraudes. 


Quem foi Gilderoy Lockhart? 

Nascido a 26 de janeiro de 1964, mestiço, filho de pais trouxas, Lockhart teve uma infância de privilégios. Sua vaidade parece ter sido meio que incutida pela mãe que fez do “filhinho bruxo” o queridinho da família. A autora revela que quando em 1975, Gilderoy foi para Hogwarts, o Chapéu Seletor quase o colocou na Sonserina, no entanto, Gilderoy se tornou aluno da Corvinal.

Gilderoy sempre gostou de ser referenciado como o bruxo mais bonito da escola e sempre quis ser o centro das atenções. Sentiu-se super decepcionado por não ter sido atendido em ter um professor somente à sua disposição em todas as disciplinas. Talvez essa sua excentricidade e convencimento de que era mais extraordinário e avançado que os outros o tenha decepcionado mais tarde. Gilderoy Lockhart era esperto e, talvez aí esteja o estopim de o fazer um excelente corvino: seu poder, a “esperteza”. 

Em nome de sua vaidade, Lockhart valorizava os estudos, a escola, os aprendizados não em nome de sua sabedoria e inteligência, mas acreditava que quanto mais ele subia os degraus do status social, mais isso lhe ajudaria futuramente com premiações e reconhecimentos de luxo. Tanto é que Gilderoy Lockhart é da Terceira Ordem de Merlim, Membro Honorário da Liga de Defesa Contra as Artes das Trevas; e cinco vezes vencedor do Prêmio Sorriso Mais Atraente do Semanário das Bruxas. Seu sonho era comercializar sua própria linha de produtos cosméticos e sua cor favorita era lilás. 


Sua aparição em Harry Potter e a Câmara Secreta 

Nós o conhecemos já no segundo livro da saga. É em A Câmara Secreta que Lockhart chega a Hogwarts para cobrir a vaga do professor Quinrrel, que havia se tornado um “receptáculo” vivo da alma de Voldemort. Lockhart havia sido contratado para lecionar DCAT, mas, logo, foi perceptível a sua falta de traquejo para a arte do ensino. Dono de um humor saudável, o personagem nos rendeu boas risadas com a atuação de Kenneth Branagh. 

Por conta de sua investida contra o monstro da câmara e seu disfarce ter sido descoberto por Harry, Hermione e Rony, é que fomos descobrindo um pouco mais sobre os feitos do bruxo corvino. Ao se formar em 1982, Lockhart deixa Hogwarts e, tendo aprendido muito bem o feitiço da memória “obliviate”, ele conseguia extrair de bruxos e bruxas os seus maiores medos, e isso lhe rendia boas literaturas que ele as considerava reais onde ele próprio se envia com monstros das trevas e registrava isso em suas autobiografias. Muito inteligente de sua parte, mas não muito correto, não é mesmo?! 

Seu fim, infelizmente não foi muito próspero, no final do livro Rowling posiciona Lockhart no Hospital St Mungus onde Lockhart após executar o feitiço da memória com uma varinha quebrada do Rony, o feitiço voltou para ele mesmo fazendo-o se esquecer de quem é. A memória de Lockhart nunca mais foi recuperada, sua incapacitação se tornou permanente, dando assim, um triste fim à fama e sucesso desse bruxo. 


Feliz aniversário Gilderoy Lockhart 

O Blog Cicatriz se alegra e se diverte com suas histórias. Reconhecemos sua inteligência e sua presença bruxa como um digno corvino. O Chapéu Seletor nunca erra, ele seleciona com perspicácia e sabedoria e conhece nosso coração e talentos. Obrigado por nos apresentar os seus. Você é um bruxo que talvez a comunidade bruxa precisava que existisse, um pouco de histórias, humor e ação vitoriosa sempre nos ajuda a vencer dias difíceis. 

Feliz aniversário ao bruxo estonteantemente belo e atraente. 



“Quando eu tinha doze anos, era um joão-ninguém como você é agora. Diria até que era mais joão-ninguém! Quero dizer, algumas pessoas já ouviram falar de você, não é mesmo? Todo aquele episódio com Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado! Eu sei, eu sei -- não é tão bom quanto ganhar o Prêmio de Sorriso Mais Atraente do Semanário das Bruxas cinco vezes seguidas, como eu, mas é um começo, Harry, é um começo”  

(Lockhart a Harry Potter em “HP e a Câmara Secreta, Warner Bros. 2001)     



Por Dione Afonso Jornalismo PUC-Minas

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